Morro Pão  de Açúcar

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A 4 quilômetros do centro fica este morro. Tem 423 metros de altura, sendo o terceiro ponto mais alto do Uruguai. Num reconhecimento territorial do Capitão Juan Hidalgo no ano 1717 se faz referência por primeira vez ao seu nome.
A partir de 1890 é que Francisco Piria inicia o funcionamento da canteira, extraindo rochas de granito das suas ladeiras, cuja maioria seriam utilizadas na construção da orla de Piriápolis, o hotel do mesmo nome e o porto. Chegou a ter 400 trabalhadores regulares somente na canteira.
No dia de hoje, na ladeira do morro onde funcionava a canteira fica a reserva de fauna e flora. O seu percorrido é bastante fiel ao caminho que podia seguir a locomotiva de Piria ao entrar na ladeira.

Reserva


Em 1980 começou a funcionar a reserva de flora e fauna do Morro Pão de Açúcar. O prédio, de 86 hectáres, atualmente mantém mais de 250 seres vivos de 53 espécies da fauna uruguaia.
No seu percorrido se podem encontrar exemplares de espécies como "yaguareté", suçuarana, "gato montés", tatu, tamanduà, "guazubirà", "chajà", ema e jacarè, entre outras. Hà tanto mamìferos quanto aves e rèpteis.
O horario è  de segundas-feiras a domingo, de 8 a 18 horas.

Mirante


Fica no ponto mais alto do caminho da reserva. Desde este ponto se pode contemplar a magnitude do prédio e fazer uma ideia da magnitude das canteiras de Piria 100 anos atrás.

Túnel no Vale Suíço


Este túnel sem teto ainda se conserva. Por ele transitavam vagões transportando a pedra extraída. Esta passagem é estreita e passa por entre a pedra perforada. Culmina num labirinto  para pássaros cuja função era que estes não escaparam da gaiola que alguma vez funcionou nesta passagem. A saída deste labirinto retoma a rota da reserva.

Maquinária da canteira e do Argentino Hotel


Neste ponto se pode encontrar parte da maquinária usada para a extração de pedra da canteira e alguns artefatos do Hotel Argentino trazidos no ano 1980 e já considerados velhos. Se podem identificar panelas a pressão e máquinas para secar roupas.
Ter cuidado com a presença de aruera (planta que provoca reações alérgicas em algumas pessoas).

Escada da morte


Numa das pedras da ladeira se pode apreciar, se se presta muita atenção, uma escada formada por centos de degraus de ferro cravados nela. Foi construida por ordem de Francisco Piria para agilizar a ascensão dos obreiros ao cume, dos mais corajosos claro.

Pinturas rupestres Patrimônio Nacional


Numa das pedras do percorrido da reserva (e sem dar muitas mais instruções da sua localização) se podem encontrar pinturas rupestres feitas nela. Foram descobertas nos tempos em que a canteira ainda funcionava e incluso logo de que Piria ordenasse uma queima com motivos desconhecidos que quase as destrói (se pode ver a marca do fogo muito perto das pinturas).

Ascensão


A ascensão ao cume leva um total de pelo menos 2 horas e media (uma hora e media para ascender, uma hora para descer), mais o tempo que o visitante quiser permanecer no cume, tanto para crianças quanto para adultos. Não se necessita de equipamento especial, mas se recomenda roupa que possa ser manchada com lodo, especialmente logo de dias de muita chuva. O percorrido de ascensão oficial é pela ladeira sul e está debidamente identificado.

Cruz


A criação da cruz foi promovida pelo padre jesuíta Engelberto Vauters no ano 1933. Quem a desenhou foi o arquiteto Guillermo Armas O´Shanahan e a empresa Ísola e Armas foi a encarregada da sua construção, que finalizou no ano 1938. A missa de inauguração esteve a cargo do padre Juan Carlos Zorrilla de San Martín, filho do escritor do mesmo nome e irmão do escultor José Luis.
Foi construida em base a concreto, areia e um grande sacrifício de Homens e mulas que transportavam o material ao cume. Tem 35 metros de altura e mediante uma escada em espiral se pode chegar até os seus braços.
No dia de hoje chamam a atenção a quantidade de grafites dentro dela, mas sobre todo um deles que data de 1987 feito por alguém na parte exterior do último trecho. Para fazê-lo,  deveu subir ao teto dum dos braços, saindo por alguma das suas janelas. Um anônimo corajoso ou inconsciente para o qual vão os parabéns.

Memorial da morte de Pancho Piria


Lamentávelmente a exploração mineira no morro não continuou logo da morte de Francisco Piria no ano 1933 (11 de dezembro) e das trágicas mortes de Carlos Bonavita (administrador de confiança) e Francisco Pancho Piria (filho mais velho) o 20 de janeiro de 1934. Pancho foi executado por Carlos de dois balaços logo duma discussão sobre um incêndio nos bosques que ficavam perto da canteira (hoje, a reserva). Essa mesma noite Carlos Bonavita coloca fim a sua vida com a mesma arma no seu quarto do Hotel Piriápolis.
No campo, frente ao prédio da reserva e a poucos metros da entrada está uma cruz colocada pela viúva de Pancho Piria no lugar da tragédia, que frequentemente era visitada por ela. Atualmente este prédio é propriedade dum particular e não se fomenta a visita ao lugar.